quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

BRAZIL?! SAMBA?! CARNAVAL?!

5 canções populares para mostrar que a alegria do carnaval termina numa quarta-feira cinzenta, enconstado num canto do quarto. alegria - arnaldo antunes sentimental - los hermanos mentiras - adriana calcanhoto vento no litoral - legião urbana deixe estar - marina lima 5 brazilian popular songs to show you that joy carnival ends in a gray wednesday, down on the bedroom.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

UM BOM DISCO PARA VIAJAR

O QUÊ? This Delicate Thing We’ve Made. QUEM? Darren Hayes. QUANDO? O terceiro álbum solo do cantor (ex-vocalista da banda australiana Savage Garden) foi lançado em Agosto do ano passado. ONDE? O CD estreiou no Top 20 na Austrália e Reino Unido. Nos EUA, sairá até Março. Para o Brasil, não há previsão. COMO? Neste disco (duplo) Darren explora diversas vertentes da música eletrônica, com influências do pop dos anos 80. O álbum é uma espécie de Ópera Rock, que conta faixa-a-faixa a história de um homem que ingressou numa máquina do tempo, onde volta a diversos momentos de sua vida (desde a traumática infância até o passado mais recente). As músicas são repletas de sentimento e muitas têm um ar fantasioso. Emoção não vai faltar. SINOPSE DAS MÚSICAS CD 1 - A Fear of Falling Under – Fala sobre o medo, que muitos de nós sentimos, de olhar para dentro de si e encarar de maneira mais profunda nossos sentimentos e memórias. Who Would Have Thought? – A música reflete sobre o presente momento de alguém que saiu de um estado de depressão e encontrou forças em pequenas coisas e no amor para sair dessa. Waking The Monster – É onde começa a narrativa, propriamente dita, da Ópera Rock/Eletrônica. Um homem encontra no laboratório de um cientista uma máquina secreta. How To Build a Time Machine – É o início da viagem no tempo, quando esta pessoa volta à infância. A música narra, como numa terapia, as marcas deixadas por este período da vida. Casey – Outro momento desta viajem, quando o jovem Darren vê sua irmã (com quem tinha uma ligação muito forte) partir para outro lugar. Step Into The Light – Fala sobre alguém que sofreu por um amor mas, ao construir um novo relacionamento, percebe que nunca esteve apaixonado de verdade antes. Sing To Me – Fala sobre este novo amor, o quão ele é importante para sua vida. A Conversation With God – Um encontro com Deus, durante um dos momentos de subconsciência da viajem. The Sun Is Always Blinding Me – A música tem um clima transcendental e uma bonita poética. Listen All You People – Um dos pontos altos do CD, quando alguém resolve dar a volta por cima. The Only One – Uma faixa aconchegante, com ar sublime e letra amorosa. Bombs Up In My Face – Com uma voz sintetizada eletronicamente, Darren Hayes critica um mundo cínico, imerso em contradições. The Great Big Disconnect – Num estilo mais folk, Hayes ironiza com fatos sociais e como as pessoas têm se tornado distantes. CD 2 - The Future Holds a Lion’s Heart – Um novo momento da narrativa, onde o autor põe seu otimismo no futuro. On The Verge of Something Wonderful – Sem dúvida a faixa mais impressiva do disco. A letra cita “fragmentalmente” imagens do inconsciente e como os medos são deixados para trás. Neverland – Num clima lúdico e operesco, a letra conta uma história de violência familiar sob o olhar de uma criança. Walk Away – A música não possui instrumental até os 3 minutos. Darren canta a capella uma letra dolorosa sobre seguir em frente. Maybe – Outra faixa reflexiva, sobre estar pedido e se dar conta de muitas coisas em sua vida. Me, Myself and (I) – A música mais divertida deste álbum, cantada toda em falseto, à-la Prince. Lucky Town – A música fala sobre a certeza de se estar pronto para enfrentar o que estiver por vir. I Just Want You To Love Me – A faixa mais romântica do disco, para ouvir quando se está apaixonado. Setting Sun – É um dos momentos finais do CD, quando Darren procura a chave do tempo para voltar para casa. 100 Challenging Things a Boy Can Do – Conta a história de uma família pobre que se desfaz, quando Darren se dá conta que todas suas feridas são desimportantes perto disto. Words – Cantada apenas com o acompanhamento de um piano. Uma letra dolorosa sobre relacionamento. The Turning of Violins – O gran-finale, quando a viagem termina e se está voltando para casa de forma brilhante.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O PRAZER DE UMA COLETÂNEA

Coletânea (ou Greatest Hits, como preferir) é sempre um bom negócio para a gravadora: é só juntar todas as músicas de um artista/banda que tocaram nas rádios em um único cd, adicionar algumas inéditas para servir de chamativo e voilà! Boa vendagem na certa. 

Claro que para o público é também muito apreciável. Você finalmente vai ter o cd com todas as músicas que você gosta de fulano. É como se fosse um especial de rádio ou da MTV. Ou se você não conhece muito a banda, é a oportunidade para ter em mãos só a nata das canções. Mas há algo que muito me encanta em algumas coletâneas: o sentimento de nostalgia e celebração que elas me trazem. 

O disco que mais escutei em 2008 foi justamente uma dessas: The Singles 1997-2007 de Natalie Imbruglia. Uma década da minha vida está nesse cd. Desde “Torn” (sua primeira canção) até a atual “Glorious” (uma das músicas que mais me põe pra cima nesse mundo), estão lá mais do que simples hits, mas a vivência e a memória de diversas fases da minha vida. “Wishing I Was There” tem o sabor dos meus treze anos, já “That Day” me remete a momentos de reflexão e solitude, assim como a melancólica “Counting Down The Days” é da minha época mais sentimental. 


Ouvindo este disco (que num primeiro instante não me interessou muito, já que tinha ouvido até furar todos os singles da Natalie) eu revisitei os espaços mais pessoais da minha memória, revivendo sensações e resignificando momentos que muito me fazem ser quem sou hoje. Mais do que lembranças de algo que vivi, todas estas canções são testemunhas e veículos de uma vida interior e um amadurecimento pessoal deste que vos escreve. Reescutá-las nesta coletânea é dialogar com um antigo Eu e reestabelecer coisas que não devo deixar para trás, o meu processo de aprendizado como ser humano. É acertar as contas com o que passou, é re-sentir bons sentimentos, é respirar o ar dos dias, é compreendê-los e estar pronto para futuro. Enfim, um momento de epifania. 

 A coletânea traz ainda inéditas que apontam uma nova fase musical para Natalie, como em “Against The Wall”, que tem uma sonoridade meio britpop/indierock, um tipo de música que me leva a muitos lugares também. Glorious: The Singles 97-07 é uma celebração do passado, do agora a que ele conduziu e do presente que está por vir.